domingo, agosto 19



Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa, poesias

2 comentários:

sapinho lindo disse...

...em vez de sapo,preferia ter sido transformado em gato!Nesse principalmente...

beijinho...croack

Mel disse...

já me chega de gatos!!agora um sapo no meio deles é que vem a calhar