Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa, poesias
2 comentários:
...em vez de sapo,preferia ter sido transformado em gato!Nesse principalmente...
beijinho...croack
já me chega de gatos!!agora um sapo no meio deles é que vem a calhar
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