quarta-feira, setembro 19

Sei bem o que não quero...porém aquilo que quero está tão longe, tão fora do meu alcance, por vezes agarro-o mas é uma ilusão do momento, não tenho força para agarrar, sinto que se me escapa pelas mãos, não quero que vá mas não agarro...a mesma mão que deixa fugir o pouco de bom que tenho deseja uma outra para agarrar, uma mão que já foi companheira, uma mão que já foi sua, um abraço que já esteve perto, que já foi terno, que já foi bom...
Não quero a distância, o afastamento físico que me consome, que me desgasta... a vontade tão forte de algo que me escapa sempre só porque me falta a força para a distância, só porque não aguento, só porque não quero a permanente indecisão da minha vida, a eterna vontade de querer e não ter, a eternidade de ter e não ter afinal quando mais preciso daquela mão, daquele
abraço, da força que preciso ao pé de mim

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