sexta-feira, fevereiro 5

  • Tenho andado arredada do blog, de todos os blogs que tinha por hábito diário e sagrado visitar e acompanhar
  • Tenho andado arredada das fotografias que tanto gostava de tirar
  • Tenho andado até arredada da minha própria vida!!

Este trabalho deixa-me de rastos, física e psicologicamente, é uma situação que nunca tinha vivido, problemas a mais, chatices todos os dias, aulas como nunca imaginei ter que dar...Vale-me muito o ambiente da escola, todos passam por o mesmo, mesmo os directores de turma têm tantos e mais problemas que eu, bem piores até...há o consolo de ter um ombro para encostar e que nos percebe mesmo bem...

Vale-me uma mãe que me entende muito bem, que me escuta sem eu ter que falar muito...

Depois há todas as outras coisas da minha vida e é nestas alturas que penso que uma irmã, ou uma amiga daquelas que nos ouve sem julgar, me faz falta...não posso nem devo confessar tudo aquilo que me preocupa à minha mãe...embora eu saiba que ela tem muita razão e o sexto sentido não lhe falta, mas às vezes não é bem um conselho de mãe que me faz falta...se é que dá para entender.

Nestas últimas semanas não sei o que é, mas sinto uma falta enorme de casa, só me apetece ir para lá, talvez seja do cansaço e de saber que ali estou protegida não sei bem de quê...

Há também coisas com as quais não sei lidar,não estou habituada a que se metam na minha vida por cá adentro, não tenho nem nunca tive a mania da perseguição, talvez a idade me esteja a dar um sexto sentido...espero que sim, preciso imenso dessa ajuda, nunca fui muito boa com essas histórias de intuição...mas continuo a achar que me julgam de uma forma que eu não sou, só por ser mais sossegada, não ter uma vida agitada, e sobretudo por ter vindo da aldeia...Não são raras as vezes que me assola uma sensação de inutilidade em que ninguém me dá valor, em que ninguém reconhece que passei um dia de cão, como se o meu cansaço não fosse nada de especial, porque aquilo que faço não é nada de especial, tanto não que afinal tenho o ordenado que tenho, não deve ser coisa de professor a sério...

Não estou a semear um ódio de estimação...tenho é que aprender a estar mais calada, tenho mesmo que aprender, especialmente quando já sei qual vai ser o resultado...agir como a minha mãe diz, "ninguém é mais do que tu!" ...mas eu tenho que mudar, estou a ser fraca, mas sinto-me substimada...mas substimada por quem não me conhece de todo e nem faz um esforço...tenho sempre aquela sensação de não estar presente mas estar a ser falada, ou mesmo estar a falar e sentir que interiormente se estão a rir de mim... O sentimento é bastante pior quando me vejo de fora de coisas que supostamente deveria discutir também, porque sou parte interessada...no entanto não posso falar, não posso, não devo e francamente, se eu me queixasse diriam que estava maluca...sei que no momento em que perca a paciência vou ficar mal...ando perto de a perder

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